A MORTE DA MORTE NA MORTE DE CRISTO
O titulo acima é de uma obra de John Owen, escritor e teólogo, publicada em 1647. Não nos interessa aqui o conteúdo desse livro (de cunho polêmico), cujo objetivo é defender a redenção efetuada por Cristo na cruz apenas para os eleitos e predestinados, conforme ênfase da doutrina da predestinação de João Calvino e teólogos calvinistas.
O título sim, nos chama a atenção: “A morte da morte na morte de Cristo”. Mas o que significa, afinal, a palavra “morte” nas três vezes em que ocorre nesta sentença?
Em primeiro lugar, todos os homens são pecadores e, por isso, sujeitos à morte física e espiritual. Em segundo lugar, essas duas mortes, física e espiritual, morrem na vida dos que estão em Jesus Cristo. Quer dizer, a morte que tanto nos aflige e nos tira a alegria já tem sua morte decretada em Cristo. Em terceiro lugar, a morte da morte só é possível na morte de Jesus Cristo. É a “morte” de Cristo que causa a “morte” das “mortes” física e espiritual. Complicado? Vejamos. Em 2TIMÓTEO 1.10, Paulo escreve que Jesus Cristo não só destruiu a morte como também trouxe a vida e a imortalidade. Quando Cristo morreu na cruz, fazendo-se maldito em nosso lugar, teve o propósito deliberado e planejado de nos conceder vida eterna.
Concluímos dizendo que a morte da morte na morte de Cristo é um fato que nos deve levar a amar mais o nosso Senhor. Por que Jesus Cristo teve de passar pela morte? Para anular a morte, que foi decretada contra nós por causa do pecado. A morte física, que desaba sobre nós como uma guilhotina sobre a cabeça do condenado, e a morte espiritual, que traz a conseqüente e terrível morte eterna, são inevitáveis resultados do pecado. Mas a vitória do cristão está garantida, como diz o apóstolo: “Graças a Deus, que nós dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo” (1Co 15.57).
Por Roberto do Amaral Silva
0 comentários:
Postar um comentário